JESUS ESTEVE NA ÍNDIA?


JESUS ESTEVE NA ÍNDIA?


Um homem sábio anda pelo mundo curando doentes e fazendo milagres enquanto prega uma mensagem de paz e amor ao próximo. Parece familiar? 

Bom, você não é o único que se lembrou de Jesus. 

Mas essa também é a história de Yuz Asaf, curandeiro misterioso que visitou a Caxemira no século 1. 

E também a lenda de Issa, andarilho que estudou anos com sábios na Índia e no Tibete em busca da iluminação. 

Ou de Apolônio e de um certo budista. Todos são personagens que viveram no Oriente Médio na época de Cristo e têm biografias repletas de feitos espetaculares e mensagens de sabedoria. 

São tantas semelhanças que há quem acredite tratar-se todos da mesma pessoa. O que responderia um dos grandes mistérios do cristianismo, a chamada vida secreta de Jesus.


Sim, há algo oculto na biografia do Messias. Ninguém sabe onde ele esteve e o que fez dos 13 aos 30 anos. 

O Novo Testamento só menciona seu nascimento e uma aparição aos 12 anos, quando ele discute teologia com sábios do Templo de Jerusalém. 

Depois disso, há um salto no tempo, e Cristo reaparece já com 30 anos sendo batizado por João, antes de começar sua pregação.

Esta lacuna deixa a curiosidade em saber da vida do nazareno durante este período. O período da vida de Jesus omitido nos relatos bíblicos é conhecido como “os anos perdidos” ou “os anos desconhecidos”, isto é, a fase dos 13 aos 30 anos, isso deu margem a várias especulações, como a de que Jesus passou 17 anos peregrinando pelo mundo. 

Alguns autores alegam que o nazareno esteve com os essênios, ou visitou a Bretanha, ou viajou pelo Oriente (Índia, Tibete, Egito, Pérsia, Grécia, Japão, etc.), aprendendo com os sábios ou ensinando ao povo. 

Em cada lugar, o Messias teria convivido com reis, sábios e homens santos de antigas tradições, sempre em busca dos fundamentos e lições de outras religiões e povos.


Outra alegação é a de que ele sobreviveu à crucificação, não chegando a morrer, mas apenas sofreu um desmaio, este caso é conhecido como “hipótese do desmaio”. Então, em seguida, partiu em viagem para o Oriente, onde faleceu nestas terras distantes em idade avançada, ou até mesmo que Jesus visitou as regiões orientais tanto na sua juventude como depois da sobrevivência à crucificação . 


O pesquisador russo Nicholas Notovich, autor do livro A Vida Desconhecida de Jesus, foi um dos principais defensores dessa teoria. 

Nicolas Notovitch, durante uma viagem à Índia, visitou a região do Ladak, no estado da Caxemira, Índia, onde predomina a cultura do Budismo Tibetano.

Na ocasião, Notovich foi informado da existência de um manuscrito desconhecido com o nome de “A Vida do Santo Issa, o Melhor dos Filhos do Homem” guardado na biblioteca deste mosteiro. 

Issa é o nome atribuído a Jesus no Alcorão. Então, com a ajuda de um intérprete, anotou as traduções para, assim, publicá-las depois em Paris com o título de “La Vie Inconneu de Jésus Christ” (A Vida Desconhecida de Jesus Cristo), em 1894


Ele apresentou manuscritos antigos que narravam a vida de Issa, homem santo que, “ao completar 14 anos, deixou a casa dos pais, em Jerusalém, e partiu com um grupo de mercadores”. 

Notovich dizia ter encontrado os documentos nesse mosteiro tibetano e defendia que aquele homem era Jesus. Na opinião dos estudiosos da Bíblia, esse tipo de associação não faz sentido e deve ser encarada com muita cautela. 



O livro "Jesus viveu na Índia: A desconhecida história de Cristo antes e depois da crucificação"
de Holger Kersten, traça um paralelo entre a vida de Buda e a de Jesus, mostrando profunda semelhança entre seus modos de vida e ensinamentos, como o fato de ambos começarem a pregar com aproximadamente a mesma idade, escolherem a pobreza como modo de vida, pregarem através de parábolas, terem como primeiros seguidores dois irmãos, ambos foram traídos por um discípulo; como Cristo criticava os fariseus, Buda criticava os brâmanes, ensinam a pagar o mal com o bem, não acumular riquezas, entre outras semelhanças.

Também é feito um paralelo entre Jesus e krishna (um dos principais deuses do hinduísmo). Krishna ensinava por parábolas, pretendia reformar a religião existente assim como Jesus queria fazer em relação ao judaísmo; ele ensinava o amor ao próximo, falava da misericórdia de um deus criador, vivia na pobreza e levava uma vida de peregrino. Alem dele, a religião persa de Zaratustra e o culto a Mitra, deus morto e ressuscitado, também exerceu ampla influência sobre o Cristianismo.


Partindo, então, da hipótese de que Jesus sobreviveu ao martírio na cruz e fugiu da Palestina, Andreas Faber-Kaiser, editor da revista espanhola "Mundo Desconhecido" e autor de "Jesus Viveu e Morreu na Caxemira", procurou os sinais de sua presença na Caxemira. 

Sua principal fonte foi o professor Hassnain, diretor do Departamento de Arquivos, Bibliotecas e Monumentos do Governo da Caxemira, diretor honorário do Centro de Pesquisas de Estudos Budistas da Caxemira e secretário do Centro Internacional de Pesquisas de Estudos Indianos Sharada Peetha.


O professor Hassnain colocou à disposição de Andreas Faber-Kaiser numerosos documentos que falam de um homem com idéias e filosofia idênticas às de Jesus. 

Este homem é designado nos documentos pelos nomes de Yusu, Yusuf, Yusaasaf, Yuz Asaf, Yuz-Asaph, Issa, Issana e Isa, que são traduções de Jesus nas línguas cachemir, árabe e urdu. E é este mesmo homem, segundo trajeto traçado pelos documentos, o que foi enterrado no túmulo Rozabal de Srinagar. 


Andreas Faber Kaiser,  conclui que o Jesus da história cristã , o curandeiro  da Caxemira e o profeta Issa que voltou à Índia após a crucificação, os três são uma só pessoa. 


Em “Jesus Viveu e Morreu na Caxemira" estão reproduzidos alguns trechos dos manuscritos de Notovitch sobre a história de Issa:

"Um formoso menino nasceu no país de Israel e Deus falou pela boca deste menino explicando a insignificância do corpo e a grandeza da alma.

O menino divino, a quem deram o nome de Issa, começou a falar, ainda criança, do Deus uno indivisível, exortando a grande massa extraviada a arrepender-se e a purificar-se das faltas que havia cometido."


Mas, por onde Jesus andou dos seus 13 aos 30 anos de idade?

Onde estão as referências de seus feitos durante esses 17 anos (sumido) da Bíblia convencional?

O que dizem os textos Apócrifos?

Como explicar que alguns povos hindus conheciam histórias semelhantes ao Cristo quando os portugueses lá chegaram?

Alguns "Mestres" existentes em diversas culturas; como explicar?

Yuz Asaf, o curandeiro


Rozabal  (O Túmulo do Profeta) é o nome do santuário localizado no bairro Khanyar em Srinagar, na Caxemira, onde supostamente repousa o cadáver de Jesus.

No século 1, o andarilho Yuz Asaf (“líder dos curados”, em persa), percorreu o Oriente Médio, realizando milagres e curas semelhantes aos de Jesus. Segundo essa versão, ele não teria morrido na cruz: aos 33 anos, teria seguido para o norte da Índia, onde viveria até os 120 anos. Seu suposto túmulo, em Srinagar, atrai peregrinos até hoje.

Origem: Caxemira.

Fontes: Tahrik-i-Kashmir (“História da Caxemira”) e a escritura hindu Bhavishya Mahapurana.

Quem acredita: seguidores da seita ahmadi, uma corrente do islã, e alguns adeptos do hinduísmo.

Várias fontes históricas da Caxemira confirmam que Jesus e Yuz Asaf são a mesma pessoa. Um livro escrito no século X chamado Ikamal-ud-Din, escrito por um historiador árabe relata duas viagens feitas por Jesus à Índia e sua morte na Caxemira. No livro há trechos de ensinamentos dele semelhantes aos dos evangelhos. 

Todos os anos seu túmulo (que tem uma inscrição contendo seu nome) é visitado por peregrinos muçulmanos, hindus, budistas e cristãos.

No tumulo há um rosário e um crucifixo e duas pegadas gravadas em pedra com feridas de crucificação. O escultor deixou evidente que o pé esquerdo foi posto sobre o direito, sendo que o mesmo foi descoberto nas análises feitas nas manchas de sangue do sudário, que hoje se encontra em Turim, na Itália. Como a crucificação era desconhecida na Ásia, presume-se que o sepulcro seja de Jesus.

Apolônio, Da Capadócia



Lendas e livros antigos contam que Apolônio foi concebido pelo Espírito Santo, nasceu de uma virgem e partiu jovem para conhecer o mundo. Controlava as leis da natureza, curava doentes e conseguia até evitar guerras. Apesar das coincidências, seu nome era Apolônio, da Capadócia (atual Turquia). Morreu em Éfeso, aos 100 anos. Só faltou ser na cruz.

Origem: Capadócia (atual Turquia).

Fontes: A Vida de Apolônio, livro do século 3.

Quem acreditava: pagãos do Império Romano.

Há dois mil anos atrás, um grande mestre da humanidade apareceu no mundo. Ele era um filósofo, um líder social, professor de moral, um reformador religioso e um curandeiro. No império romano, de uma extremidade a outra, onde quer que fosse, honras divinas foram concedidas a ele - por todos, de escravos a imperadores. Ele era sem dúvida o maior homem de sua época, seu nascimento foi em (4 aC) e seu nome Apolônio da Capadócia.


“Filósofo Neopitagórico e Taumaturgo Grego, uma das figuras da antiguidade clássica. Sua biografia, escrita por Filolastro, narra seus milagres, que o converteram em um equivalente de Jesus, o Cristo”.

Um botisatva budista


Uma lenda indiana diz que, para salvar Jesus da perseguição do rei Herodes, seus pais foram para o Egito. No caminho, ele teria convivido com budistas em Alexandria. O contato de Jesus com o budismo também está em A Vida de São Issa. Escrito no século 1, o texto fala de um profeta de Jerusalém que estudou num mosteiro do Nepal. Até hoje, budistas consideram Jesus um botisatva, “homem iluminado”, em sânscrito.

Origem: Egito, Índia e Tibete.

Fontes: A Vida de São Issa.

Quem acredita: alguns budistas.

Issa, o profeta



O Alcorão conta que o filho de Mariam nasceu num dia de sol, na sombra de uma tamareira. Nesse livro, Jesus é conhecido como Issa, profeta da linhagem iniciada por Abraão e concluída por Maomé. Nessa versão, não se sabe se o suposto Jesus morre na cruz. 

"E por dizerem: Matamos o Messias, Issa, filho de Mariam, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado. E aqueles que discordam, quanto a isso, estão na dúvida, porque não possuem conhecimento algum, abstraindo-se tão-somente em conjecturas; porém, o fato é que não o mataram. Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo”. (Alcorão C.4 - V.157 e 158) 

Origem: Oriente Médio e Índia.

Fonte: Existem duas fontes sobre Issa, o Jesus dos Muçulmanos. O Alcorão traz uma história de sua vida, enquanto as coleções do Hadith — aglomerado de palavras e feitos de Maomé — estabelecem lugar de Jesus no pensamento Muçulmano para o futuro.

Quem acredita: muçulmanos.

Os muçulmanos contestam o fato da crucificação de Issa, argumentando que Alá jamais desonraria um profeta seu permitindo-lhe sofrer tal morte. Eles também creem que Issa foi milagrosamente elevado ao céu, e que alguém, secretamente tomou o lugar dEle na cruz.

Alguns episódios coincidem e outros divergem do Novo Testamento. Porém os mais curiosos são os fatos que alguns acreditam que Issa também é crucificado e a tumba é encontrada vazia depois de três dias, mas não por Maria Madalena, e sim pela multidão.


Vídeo: Jesus na Caxemira




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